
Sandro Kakabadze
Diretor de Documentários
Âmbar Filmes é uma produtora de documentários liderada por Sandro Kakabadze.
Em 10 anos, realizamos mais de 70 filmes de curta, média e longa-metragem sobre diversos temas.
A vila de pescadores engolida pelo mar, o deserto que tomou um dos maiores rios da Amazônia e as voçorocas que devastam a Caatinga: as mudanças climáticas são cada vez mais visíveis e, por meio dos meus filmes, presenciei transformações profundas no planeta. Mas também conheci quem se empenha por um futuro melhor: os Kayapó, que protegem seu território na Terra Indígena Capoto Jarina; os veterinários do Onçafari, que reintroduzem onças-pintadas no Pantanal; e os agentes do Ibama, que defendem os manguezais do litoral paulista. Há muitas histórias inspiradoras para contar no Brasil!
O primeiro encontro, cara a cara, com uma onça-pintada é uma mistura inesquecível de adoração e adrenalina. Em 2018, filmei pela primeira vez nesse bioma extraordinário, onde as águas estão em constante movimento, os animais e aves cruzam nosso caminho como em nenhum outro lugar do Brasil, e os pantaneiros demonstram uma paixão profunda por sua terra. Junto com o Documenta Pantanal — uma iniciativa que promove o bioma por meio de filmes, livros e exposições — tive a oportunidade de produzir três filmes sobre a região: um sobre a seca prolongada, outro sobre o assoreamento do rio Paraguai, e um terceiro sobre o fogo. Atualmente, estamos desenvolvendo mais dois projetos.
A 5.001 metros de altitude, nas Cordilheiras Brancas, no Peru, vi a imagem mais literal do aquecimento global até hoje: o derretimento do glaciar Pastoruri. Em 35 anos, a geleira terá desaparecido completamente. Os três rios que abastecem as vilas abaixo também devem ficar sem água. Os impactos não serão apenas locais. As mudanças nos Andes peruanos afetam ecossistemas em todo o continente sul-americano. Por isso, as soluções também precisam ser pensadas sem fronteiras. Com os parceiros de longa data — MapBiomas, Imazon e RAISG — produzimos uma série de filmes sobre os impactos e as ações colaborativas em busca de soluções no Peru, Colômbia, Bolívia, Equador e Brasil.
Nos últimos 10 anos, tive a oportunidade de produzir filmes institucionais para iniciativas, empresas e instituições incríveis, como MapBiomas, Instituto Arapyaú, Coalizão Brasil, Agis, ABAV, Conexão Povos da Floresta, HCor, Fujifilm, WRI, Amigos da Terra, entre outras. Meu trabalho começa com a escuta: converso com as lideranças das organizações para entender as mensagens, conquistas ou desafios que precisam ser comunicados. Para que esses conteúdos se transformem em histórias impactantes, busco sempre vivências reais — experiências humanas que revelam os efeitos concretos do trabalho realizado, seja por uma ONG ou uma empresa. Como eu mesmo dirijo e filmo, isso facilita para o cliente uma comunicação mais direta e próxima, desde os primeiros passos até a entrega final.
O agro é um dos principais motores do Brasil — e não apenas em termos econômicos. Uma grande parte da população brasileira vive na zona rural, ouve sertanejo e trabalha duro para prosperar. Mas o agro também é o maior emissor de gases de efeito estufa no país, principalmente por causa do desmatamento. Ainda assim, a solução passa pelo próprio agro — por um agro ambiental. A maioria dos produtores e das empresas atua respeitando a legislação e a biodiversidade. Nossos filmes contam as histórias de pessoas, produções e iniciativas que ajudam a transformar o agro brasileiro em uma solução sustentável.
A ciência transforma a vida de milhões, mas muitas vezes os pesquisadores enfrentam o desafio de comunicar descobertas complexas de forma simples. Com nossos filmes, buscamos justamente isso: traduzir o conhecimento científico para uma linguagem acessível, que dialogue com todos.
A Agis é uma das maiores construtoras civis do Brasil. Está por trás de obras como a Linha 17 do Metrô de São Paulo, a Linha Leste do Metrô de Fortaleza, o VLT de Salvador, a Transposição do Rio São Francisco e a Ciclovia da Vida em Vitória, entre outras. Mas por trás dessas construções impressionantes, tem gente pensando, projetando, organizando e colocando a mão na massa. É esse lado humano que queremos mostrar nessa parceria com a Agis.
Frequentemente trabalhamos com clientes internacionais, oferecendo tanto a produção completa de documentários quanto filmagens pontuais em qualquer região do Brasil.
O documentário “À Margem do Ouro” foi premiado pela Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e pelo Festival Ecofalante, além de ter sido selecionado para diversos festivais nacionais e internacionais.
Primeiro longa-metragem de Sandro Kakabadze, o filme retrata o universo dos garimpos ilegais de ouro nas profundezas da Amazônia brasileira. A obra estreou no Canal Brasil em julho de 2025 e, em breve, estará disponível também no Globoplay.